2 maio - 2024

Bypass gástrico: o que é e para quem é indicado

Bypass gástrico: o que é e para quem é indicado
Bypass gástrico: o que é e para quem é indicado – Crédito da imagem: medicalnewstoday.com

A obesidade é um problema de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o planeta, sendo considerada uma verdadeira epidemia mundial. Saiba como funciona o bypass gástrico e tire suas principais dúvidas sobre o tema.

Quando o índice de massa corporal (IMC) chega a valores absurdos e existem até outras complicações de saúde relacionadas, é crucial buscar auxílio médico e pensar em cirurgias que possam reduzir o peso e ajudar no problema.

Dentre esses procedimentos, o bypass gástrico promete levar à perda de peso e ajudar com os resultados a longo prazo, tendo indicações para quem sofre com excesso de gordura corporal e outros problemas relacionados.

Pronta para saber mais sobre o assunto? Continue sua leitura até o final!

Mas afinal, o que é bypass gástrico?

Também conhecido como “cirurgia de Fobi-Capella” ou “bypass em Y de Roux”, o bypass gástrico é uma cirurgia para perder peso.

Além de focar em uma redução do estômago, a técnica também altera o intestino. Assim, o paciente come menos e perde peso de maneira direta.

Apesar de seus resultados serem excelentes para a perda de peso, um bypass gástrico só pode ser realizado quando houver indicação do médico.

A grande vantagem do bypass gástrico é que ele leva a uma redução de até 70% do peso e ainda permite que isso seja mantido no decorrer dos anos.

É claro que tudo irá depender do estilo de vida que o paciente irá levar após a cirurgia (e muitas mudanças se fazem necessárias), mas as alterações permitem que o organismo fique saciado de maneira mais rápida e que o corpo absorva menos alimentos. Assim, os resultados são ótimos!

E para quem o bypass gástrico é indicado?

A indicação médica é necessária, pois somente quem realmente precisa pode se submeter a esse tipo de cirurgia – porque ela acarreta em uma extrema alteração no sistema digestivo.

Ela é indicada para quem:

  • Possui índice de massa corporal (IMC) superior a 40;
  • IMC superior a 35 – mas que já possuiu algum problema decorrente de seu excesso de peso;
  • Ou que não conseguiu ter resultados satisfatórios com outras técnicas, como colocação de balão ou sonda gástrica.

Desta maneira, nem todas as pessoas podem se submeter a esse tipo de cirurgia, não sendo indicada simplesmente para quem quer emagrecer.

Como funciona a técnica?

A cirurgia é muito complexa, por isso, é necessário escolher um profissional bastante qualificado para realizá-la – além de um ambiente hospitalar apropriado para tal procedimento.

O tempo de duração da cirurgia costuma ser de aproximadamente 2 horas, sendo feita com anestesia geral.

Primeiramente, o médico irá cortar o estômago e o intestino. Em seguida, uma porção do intestino é levada até o estômago menor, criando uma passagem para os alimentos em formato tubular.

Para finalizar o processo, a porção intestinal que ficou unida à parte estomacal deve ser ligada ao tubo. Permitindo a mistura entre alimentos e enzimas durante o processo de digestão.

É comum que o cirurgião utilize a técnica de videolaparoscopia para que seja possível fazer a cirurgia através de câmeras e instrumentos. Fazendo pequenos buraquinhos no abdômen.

Além da videolaparoscopia, também é possível contar com a laparotomia – requerendo total abertura abdominal (sendo um pouco mais perigoso).

Pós-operatório de bypass gástrico

Após a cirurgia, a recuperação costuma ser bastante demorada – e requer dose extra de paciência do que em cirurgias convencionais.

A intensa perda de peso costuma ocorrer ainda nos primeiros 3 meses, mas os cuidados pós-cirurgia devem ser seguidos até seis meses ou um ano, sempre dependendo de cada paciente.

Os cuidados envolvem:

  • Repouso de 30 dias, garantindo que não ocorra nenhuma falha na cirurgia realizada (como grampos soltos);
  • Tomar os medicamentos indicados pelo médico – geralmente incluem inibidores de produção de ácido (como omeprazol), afim de proteger o trato digestório;
  • Cuidar com os curativos seguindo todas as indicações – para ajudar na cicatrização e evitar problemas;
  • Fazer uso dos suplementos vitamínicos para evitar anemia – a maioria deles serão de ferro ou vitaminas;
  • Retirar aparelhos como o dreno conforme orientações médicas;
  • E, sobretudo, seguir à risca a dieta indicada pelo nutricionista responsável pelo caso.

Tais fatores são cruciais para garantir o sucesso da cirurgia, além de manter o paciente saudável após esse procedimento tão sério.

Após todo o período de recuperação, os resultados na perda de peso são excelentes.

Mesmo assim, o corpo fica com excesso de pele e flacidez, sendo necessário recorrer a uma cirurgia pós bariátrica.

Dentre as mais indicadas, temos:

  • Abdominoplastia – para deixar o abdômen mais retinho;
  • Mastopexia: para levantar os seios e deixá-los firmes;
  • Lipoaspiração – para retirar o excesso de gordura que está localizada em determinados pontos corporais;
  • E cruroplastia – para modelar as coxas, tirando excesso de pele e gordura.

 

Essa cirurgia possui riscos?

Assim como qualquer tipo de cirurgia, existem riscos associados com sua realização.

Entretanto, desde que todas as orientações sejam seguidas à risca, que o profissional seja de confiança (e competente) e que a cirurgia seja feita em local especializado, essas complicações reduzem de maneira considerável.

Como principais problemas, podemos citar:

  • Problemas de cicatrização;
  • Chances de infecções em órgãos internos;
  • Hemorragia grave a partir do estômago;
  • Anemia crônica por déficits vitamínicos (por isso é necessária a suplementação);
  • Síndrome de dumping – que envolve sintomas como diarreia, desmaios, náuseas e cólicas após a alimentação;
  • E outras complicações decorrentes de qualquer tipo de cirurgia.

Outros aspectos importantes

Apesar dos altos índices de massa corporal serem preocupantes e interferirem até mesmo em outras questões de saúde (tendo complicações relacionadas), alguns pacientes podem contar com cirurgias para tratar o problema.

Dentre elas, encontramos o bypass gástrico, que permite modificações no estômago e intestino, promovendo a perda de peso de maneira muito considerável.

Contudo o interessante é que seus resultados tendem a ser mantidos no decorrer do tempo!

Mesmo assim, ainda é necessária uma conscientização sobre educação alimentar e prática de exercícios físicos para que o ganho de peso não volte a comprometer a saúde (e também a estética).

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