1 maio - 2024

Quais são os efeitos da cocaína no cérebro? Será que a cocaína mata as células do cérebro?

Os efeitos da cocaína no cérebro. O fácil acesso a substâncias ilícitas, bem como fatores sociais e psicológicos, traz uma batalha difícil de ser conduzida: o aumento significativo do consumo de drogas.

Como é de conhecimento notório, há diversos tipos de drogas e dependendo do período ou tipo que são consumidas, acabam por gerar danos graves ao usuário, como é o caso da cocaína.

Desde já, tal substância se torna relevante por desencadear diversos prejuízos ao organismo, dentre os quais destacaremos mais a frente os efeitos da cocaína no cérebro.

Porém, antes de iniciar, cabe esclarecer que se você ou algum conhecido enfrentam este problema. Procure uma ajuda médica imediatamente, você não precisa e não deve passar por isso sozinho.

A origem da cocaína

Inicialmente, a cocaína surgiu há mais de três mil anos antes de Cristo. Os Incas que viviam nos Andes utilizavam das folhas de coca para que seus corações e respiração atingissem maior velocidada. Para suportar o ar das montanhas.

Da mesma forma, índios eram explorados em minas espanholas e “nutridos” com folhas de coca, que faziam, em tese, o trabalho render.

A droga foi sintetizada pela primeira vez em 1859 e começou a se tornar popular na comunidade médica em meados de 1880.

Como a substância passou a ser muito utilizada para fins medicinais e também por membros da sociedade. Os danos ocorriam, mas principalmente os internos eram imperceptíveis, como é o caso dos efeitos da cocaína no cérebro.

Como a cocaína é feita?

cocaína é um alcalóide derivado das folhas de coca (Erythroxylon coca), seu preparo geralmente seguirá a ordem de:

  1. Macerar as folhas
  2. Misturar a produtos químicos solventes (gasolina ou querosene)
  3. Acrescentar o ácido sulfúrico

A combinação resultará na pasta base de cocaína, entretanto, é a fase inicial, podendo gerar outros resultados como a farinha ou pó.

Curiosidade: alguns fabricantes da droga, passam a adicionar talco, aspirina e pó de giz/gesso. Para aumentar o volume da substância que será vendida e consequentemente, o lucro.

Já se torna possível então imaginar os efeitos da cocaína no cérebro.

Métodos utilizados para o consumo da substância

De forma geral, a cocaína em pó ou farinha é usada por aspiração nasal. Entretanto, se dissolvida em água, pode ser aplicada via intravenosa, com auxílio de equipamentos certos.

Ainda, em se tratando de base de cocaína, pode ser consumida através de cigarros e quando for aquecida por exemplo, a partir de um papel-alumínio, poderá ser inalada.

Em casos menos comuns, são usadas oralmente, como em chás.

Quais implicações podem ser geradas a curto e longo prazo para o usuário de cocaína?

Os primeiros efeitos giram em torno de uma forte e rápida euforia que desencadeia logo em seguida grande depressão e tensão. Bem como náuseas, pupilas dilatadas e alucinações.

O indivíduo que a consome, sente a necessidade de estar sempre dependente da droga (afetação cerebral), além de não se alimentar ou dormir corretamente.

Entretanto, à medida do consumo da referida droga seu corpo vai se tornando mais tolerante. De maneira que a quantidade por ora utilizada já não é mais suficiente para satisfazer o mesmo. Inicia-se então um ciclo vicioso.

Vejamos alguns efeitos do uso a longo prazo:

  • Problemas cardíacos
  • Problemas dentários
  • Delírios
  • Falta de nutrientes
  • Disfunções sexuais
  • Transtornos psicológicos
  • Perda da capacidade analítica
  • Perda de peso
  • Convulsões e espasmos

Nota-se que além dos efeitos cerebrais, o usuário está sujeito a diversos outros prejuízos, que por vezes são de difícil reparação.

Os danos e os efeitos da cocaína no cérebro

efeitos da cocaína no cérebro 1
efeitos da cocaína no cérebro 1

Em síntese, a cocaína pode provocar pequenas lesões no cérebro de quem a utiliza. Acabando por gerar efeitos neurológicos cada vez mais intensos e complicados de serem tratados.

A substância alavanca um processo na região conhecida como área tegmental ventral. Que inibe os neurônios que liberam o Gaba (neurotransmissor inibidor responsável do sistema nervoso central).

Isto é, um dos efeitos da cocaína no cérebro é que os neurotransmissores ficam “soltos” no mesmo durante o período de consumo da referida droga.

O uso prolongado da cocaína causa dependência do cérebro para funcionar normalmente, diminuindo então os níveis de dopamina no neurônio.

Se o indivíduo, neste caso, parar de usar cocaína, não existirá mais dopamina suficiente nas sinapses e então resultará em sintomas como fadiga, depressão e oscilação no humor.

A capacidade analítica

É caracterizado aos usuários de cocaína, principalmente a longo prazo, a insuficiência da capacidade analítica, que incide diretamente sobre o funcionamento cerebral.

Tal capacidade consiste em ser capaz de produzir informações a partir de alguns dados, que nem sempre se apresentam maneira clara. Ou seja, organizar de forma lógica o pensamento.

Isto é, em teor científico, a cocaína absorvida alcança de maneira imediata o sistema nervoso central e o sistema dopaminérgico, gerando sua hiperestimulação.

Desta forma, há o aumento da liberação e a consequente ampliação do tempo de ação dos neurotransmissores (dopamina, noradrenalina e serotonina).

Estes então, realizarão a sinapse e serão encaminhados para o interior dos neurônios através de transportadores que foram inibidos pela cocaína.

Ou seja, com o consumo da droga há o aumento da concentração e duração dos neurotransmissores e se realizado em excesso. A capacidade analítica e outros fatores cerebrais, tendem a piorar.

Como é o funcionamento cerebral: usuário X não usuário?

Para o indivíduo que não é usuário, o cérebro destina-se a funcionar conforme suas funções vitais processando os sentidos com as estruturas do encéfalo. Assim, iniciando movimentos e influenciando as emoções.

Em relação ao usuário, há certa afetação de seu cérebro e de sua capacidade, ficando todos estes fatores comprometidos.

Desta forma, pode-se caracterizar como fatores diferenciadores, os seguintes sintomas:

  • Perda de memória
  • Perda da capacidade analítica
  • Perda da capacidade de concentração mental
  • Síncopes
  • Cefaleias

O impacto da cocaína no organismo pode causar a morte das células do cérebro?

A priori, é necessário esclarecer que nem todo usuário terá a morte das células do cérebro, mas pode ocorrer, observemos a seguir.

Pode haver a ocorrência de hemorragias cerebrais e uma morte incessante de neurônios. Levando a perda das funções superiores e acarretando os sintomas mencionados (perda de memória, concentração e capacidade analítica, síncopes e cefaleias).

A dopamina ou outras substâncias aumentadas no cérebro podem acarretar a vasoconstrição e lesões. Que podem ser hemorragias agudas ou infarto no cérebro por falta de oxigênio, além de necrose do miocárdio, podendo ocasionar a morte súbita.

Haja visto todos os possíveis efeitos da cocaína no cérebro e analisando o cenário de morte das células. Além de afetar todo o contexto social, familiar e psicológico, não há como ficar parado.

Vamos juntos vencer a batalha do aumento significativo do consumo desta droga?

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